domingo, 18 de outubro de 2009

Resenha: “Elementos da teoria da estruturação” – Anthony Giddens

     Em seu texto, Giddens deixa claro que seu objetivo na formulação da teoria da estruturação é acabar com o estabelecimento de impérios (as sociologias interpretativas tem base num imperialismo do sujeito, enquanto o funcionalismo e o estruturalismo tem base num imperialismo do objeto social). De acordo com a teoria da estruturação as atividades sociais não são criadas por atores sociais, mas são sempre recriadas por esses mesmos atores, através dos meios em que eles se expressam como atores. A concepção de estruturação se constitui a partir da temporalidade e portanto da história. Para Giddens, o conhecimento mútuo incorporado em encontros, não está diretamente relacionado na consciência dos atores, grande parte deste conhecimento é prático por natureza. Os agentes competentes esperam que os outros atores sejam sempre capazes de explicar a maior parte do que fazem, quando lhes é perguntado. Os motivos para executar uma ação (motivação) está ligado mais ao potencial para se executar a ação do que no modo como se executa a ação. Uma característica importante da conduta humana é a motivação inconsciente; e a noção de consciência prática é fundamental para a teoria da estruturação. Agência não se refere às intenções que as pessoas tem de fazer as coisas, mas à capacidade que elas tem de realizar essas coisas. Os atores podem não ter intenção de fazer algo, e fazer, como é colocado no texto: se eu falar e escrever bem um língua (ato intencional), eu ajudo para sua reprodução (ato sem intenção). Ser agente é ser capaz de exibir vários poderes de causa, inclusive o de influenciar as manifestações dos outros, ele deixa de ser agente quando perde a capacidade de exercer poder.

Resenha Sociologia Contemporânea – ano 2002

Nenhum comentário: