sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lévi-Strauss: Introdução à obra de Marcel Mauss

  • No jogo de xadrez, quando muda uma peça de lugar as outras peças e a própria peça mudam de importância, pode ocorrer de uma peça não sofrer mudança / alteração direta. -> como a linguagem que também muda, mas não aleatóriamente, ela tem regras a seguir.
  • No xadrez, a pessoa tem um controle do movimento, mas na linguagem é preciso seguir regras.
  • No xadrez você tem consciência quando manipula as regras, já na linguagem as regras são manipuladas inconscientemente.
  • a linguagem sofre mudança dentro do todo com o tempo e não apenas no aspecto individual embora isso tenha importância.
  • A mudança segue certo sistema para se alterar.
  • A língua é coletiva, coerciva como diz Durkheim. A fala é contextual e adquire caráter individual pois tem alguém que fala e alguém que escuta. A língua é o objeto da lingüística.
  • O estruturalismo = estrutura é o aspecto formal da vida.
  • Privilegiamento das estruturas formais em detrimento das ações sociais -> como nos jogos os signos só tem significado quando estão em uma jogada.
  • Para falar não é preciso saber regras gramaticais, mas elas podem ser aprendidas, do mesmo modo a linguagem não precisa das regras gramaticais, mas precisa de regras de fonética.
  • A língua não está restrita à regras gramaticais para ser falada. Depende da posição dos signos dentro da cadeia.
  • Subjacente a gramática de cada língua, existe uma estrutura lingüística.
  • A linguagem é inconsciente e autônoma, do mesmo modo que o simbólico na esfera da vida social também é autônomo. Definindo a autonomia do simbólico do mesmo modo da autonomia da linguagem. AUTONOMIA DO SIMBÓLICO.
  • na primeira parte do texto, Lévi-Strauss discute a relação sociedade X indivíduo -> discutindo com isso a relação sociologia X psicologia
  • Sociedade X Indivíduo = Sociologia X Psicologia -> fato social total -> sistemas simbólicos -> teoria da comunicação
  • Psicopáticos (xamanismo) -> inconsciente ( cadeia significado / cadeia significante = complementariedade) -> troca = deslocamento do plano da análise das representações coletivas (mana/hau) -> signos lingüísticos.
  • As instituições se relacionam com as sociedades e indivíduos. A estrutura sociológica e a estrutura psicológica são correspondentes.
  • Relação indivíduo e cultura se forma pelas relações de aspectos pessoais e sociológicos. Para Lévi-Strauss isso não tem importância, a relação não é causal.
  • O psicológico seria uma tradução da estrutura sociológica. Só se apreende os fenômenos sociológicos por essa tradução.
  • Somos humanos na condição do exercício do pensamento simbólico que é projetado socialmente.
  • Não há diferenciação entre indivíduo e coletivo, porque quem opera, está operando uma estrutura de mesma natureza.
  • A mente de cada um opera de maneira lógica com base nas leis de natureza lógica.
  • Todos nós somos humanos pela condição do exercício do pensamento simbólico.
  • No xamanismo ocorre uma trajetória de “subida” ao céu, ao plano espiritual; o Xamã é o Pajé da Sibéria, ele cura, faz ritos.
  • O Xamã entra em transe porque ele tem que subir ao plano espiritual, eles podem ser entendidos como psicóticos; mas isso não é verdade porque o processo psicótico não se pode controlar e o Xamã tem controle sobre seu transe.
  • As pessoas psicóticas são naturalmente livres -> Os loucos tentam simbolizar sozinhos, e isso é impossível.
  • É o Xamã que estabelece a relação entre a aldeia e a ordem superior -> colocando a cadeia de significado e a cadeia de significante.
  • Lévi-Strauss usa o xamanismo para mostrar a idéia de complementariedade entre a cadeia de significado e a cadeia de significante. -> precisa ter uma correlação (estrutural) entre a esfera sociológica e a esfera simbólica, cujo fundamento é a noção inconsciente.

Fichamento para prova de Antropologia Contemporânea (2002)

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