quinta-feira, 29 de maio de 2008

Durkheim: As formas elementares da vida religiosa / Algumas formas primitivas de classificação

  • O texto “As formas elementares da vida religiosa” é a primeira obra antropológica, pois estuda a religião dentro da antropologia.
  • Animismo: é a forma mais primitiva da expressão da religiosidade e tenta explicar a noção de alma (religiosidade) que o homem tem, que é criada através do sonho, onde o homem tem o “poder” de fazer qualquer coisa, surgindo daí, a noção de espírito (depois da morte). Disso surge a noção de homo-duplo.
  • O estudo das formas elementares da vida religiosa: artifício metodológico à forma mais primitiva à essência (relação entre sagrado e profano), esta essência está em todas as religiões à do simples para o complexo (linha evolucionista): as formas primitivas oferecem um melhor canal de investigação sobre as formas elementares da vida religiosa.
  • A sociedade é um sistema.
  • A função da religião, na conclusão, é manter a coesão na sociedade (função à expressão dos estados afetivos / coesão – não é finalidade).
  • O texto introduz as questões de representações coletivas ou simbólicas (fato social por excelência) à quer estudar a gênese das representações = que tem fundamento religioso; esta gênese religiosa é de natureza sociológica à ao fazer esta afirmação, Durkheim forma uma idéia sociológica..
  • A religião (evolução do pensamento religioso) antecede a ciência como forma de conhecimento do mundo.
  • Durkheim pressupõem que a sociedade vive de um substrato comum; ele quer encontrar o fundamento comum da existência humana.
  • Ele vai contra duas correntes principais que são: aprioristas (Kant): representações inatas ao indivíduo (variação histórica / sociológica à construída pela sociedade e, por isso, coletiva) e empiristas: experiência sensível do indivíduo (isso é discutido através do coletivo – a experiência tem que ser coletiva para poder ser aplicada a todos). Ele não concorda com a idéia das categorias serem inatas ao homem.
  • Para Durkheim as representações são construídas e coletivas à são sociológicas, ou seja, nasce da vida social.
  • A realidade está fora do indivíduo, é “criada” pelas diversas visões de mundo de cada sociedade, e é representada por modelos, por meio de categorias do pensamento.
  • Somente através da linguagem a realidade é aprendida. à a realidade só é para o ser humano por meio de representações que o homem constrói para essa realidade.
  • Deus à representação da sociedade ideal (totalidade) à Deus corresponde à idéia de totalidade (“o todo poderoso”)
  • A religião surge como um conjunto de representações, estas representações tem origem na sociedade à demonstração de como a sociedade se representa / forma da sociedade se representar.
  • Totemismo à classificação hierarquica do mundo, o processo de ordenamento classificatório é também uma forma de conhecer as coisas. As divisões totêmicas são representações do que é a sociedade. Há a divisão e ele implica na elaboração de um sistema classificatório de conhecimento do mundo.
  • Debate com Frazer em “Algumas formas primitivas...” é problema do cursoà Frazer: o homem se divide porque ele tem um sistema classificatório anterior; Durkheim: como o homem já está dividido ele cria um sistema classificatório.
  • DURKHEIM E MAUSS: A ORIGEM SOCIAL DO SIMBÓLICO; LÉVI-STRAUSS: A ORIGEM SIMBÓLICA DO SOCIAL

Fichamento para prova de Antropologia contemporânea - 08/2002

4 comentários:

Fernando Borges disse...

obrigado pela resenha, tava precisando pois num tinha tempo pra ler o livro, já deu uma boa ajuda!

Valmir Mineiro disse...

Carina, estou precisando de resumo das seguintes obras:
Antropologia
BOAS, Franz. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. “As limitações do método comparativo da antropologia”, pp. 25-39.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Martins Fontes, 2003. “Introdução: Objeto da investigação - Sociologia religiosa e teoria do conhecimento”.
EVANS-PRITCHARD, E. E. Os nuer. São Paulo: Perspectiva, 2002. Cap. 3: “Tempo e espaço”.
Ciência Política
DAHL, Robert – Poliarquia, EDUSP, São Paulo, 1997.
LOCKE, J. – Segundo Tratado sobre o Governo, Ed. Abril, Série “Os Pensadores”, vol. 18, São Paulo, 1973.
TOCQUEVILLE, A. – A Democracia na América, Ed. Abril, Série “Os Pensadores”, vol. 29, 1973.
WEBER, M. – A Política como Vocação, in Ciência Política: Duas Vocações, SP. Cultrix, 1991.
Sociologia
CORBIN, Alain. "Bastidores". In: Perrot, Michelle (org.). História da vida privada. Da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
DURKHEIM, Émile. Da divisão do trabalho social. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
Introdução, Caps. I, II e III.
DURKHEIM, Émile. O suicídio. 4a. Ed. Lisboa: Presença, 1987. Livro II, Caps. 2 e 5.
SIMMEL, Georg. "Metrópole e vida mental". In: Velho, Otávio Guilherme. (org.). O fenômeno urbano. 3a. Ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.
Se vc tiver os resumos, me ajudará mto, pois farei uma prova e foram solicitados estas obras.Meu email: thephylus@hotmail.com

Jaqueline disse...

Olá Carina!
Estou em processo de seleção de mestrado. Sou da área da educação, mas além do mestrado em educação estou tentando em Ciências Sociais! Tenho algumas leituras, mas não tão especifíca em sociologia.

A bibliografia é a que está abaixo e se vc puder ajudar com algum material ficarei muito grata! Meu e-mail: jaquelinerodrigues2007@yahoo.com.br

Grata,

Jaqueline Rodrigues
Belém/Pará

1. DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação.
In: Mauss, Marcel. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1979, p.399-455.
2. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes,
1999. Cap. 1: O que é um fato social?; Cap. 2: Regras relativas à obs. dos fatos
sociais; Cap. 3. Distinção entre o Normal e o Patológico).
3. DURKHEIM, Émile. A Divisão do Trabalho Social. (há inúmeras edições; na coleção
Os Pensadores, R.J.: Ed. Abril Cultural, 1978 encontram-se os textos aqui
selecionados e outros do mesmo autor). Livro I
Cap. 1 – Metodologia para determinar a função
Cap. 2 – Solidariedade mecânica ou por similitude
Cap. 3 - Solidariedade orgânica ou devida à div....
4. MARX, Karl. O Capital. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1980 (ou outra
edição).
Volume I, Parte Primeira: A Mercadoria e o Dinheiro. Cap. 1, item 1: A Mercadoria;
Vol. 1. cap. XIII - Maquinaria e Indústria Moderna;
Vol. I, tomo II, cap. XXIV - A Acumulação Primitiva.
5. MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. São Paulo: Editora
Expressão Popular, 2008.
6. WEBER, Max. A "Objetividade" do Conhecimento na Ciência Social e na Ciência
Política. In: WEBER, Max. Metodologia das ciências sociais. Parte 2. Trad. Augustin
Wernet. 2.Ed. São Paulo, Campinas: Cortez Editora, Editora da Universidade Estadual
de Campinas, 1995, p.107-154.
7. WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 5. ed. São Paulo:
Pioneira, 1987.

Jaqueline disse...

Olá Carina!
Estou em processo de seleção de mestrado. Sou da área da educação, mas além do mestrado em educação estou tentando em Ciências Sociais! Tenho algumas leituras, mas não tão especifíca em sociologia.

A bibliografia é a que está abaixo e se vc puder ajudar com algum material ficarei muito grata! Meu e-mail: jaquelinerodrigues2007@yahoo.com.br

Grata,

Jaqueline Rodrigues
Belém/Pará

1. DURKHEIM, Émile; MAUSS, Marcel. Algumas formas primitivas de classificação.
In: Mauss, Marcel. Ensaios de Sociologia. São Paulo: Perspectiva, 1979, p.399-455.
2. DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico.São Paulo: Martins Fontes,
1999. Cap. 1: O que é um fato social?; Cap. 2: Regras relativas à obs. dos fatos
sociais; Cap. 3. Distinção entre o Normal e o Patológico).
3. DURKHEIM, Émile. A Divisão do Trabalho Social. (há inúmeras edições; na coleção
Os Pensadores, R.J.: Ed. Abril Cultural, 1978 encontram-se os textos aqui
selecionados e outros do mesmo autor). Livro I
Cap. 1 – Metodologia para determinar a função
Cap. 2 – Solidariedade mecânica ou por similitude
Cap. 3 - Solidariedade orgânica ou devida à div....
4. MARX, Karl. O Capital. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1980 (ou outra
edição).
Volume I, Parte Primeira: A Mercadoria e o Dinheiro. Cap. 1, item 1: A Mercadoria;
Vol. 1. cap. XIII - Maquinaria e Indústria Moderna;
Vol. I, tomo II, cap. XXIV - A Acumulação Primitiva.
5. MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. São Paulo: Editora
Expressão Popular, 2008.
6. WEBER, Max. A "Objetividade" do Conhecimento na Ciência Social e na Ciência
Política. In: WEBER, Max. Metodologia das ciências sociais. Parte 2. Trad. Augustin
Wernet. 2.Ed. São Paulo, Campinas: Cortez Editora, Editora da Universidade Estadual
de Campinas, 1995, p.107-154.
7. WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 5. ed. São Paulo:
Pioneira, 1987.